LIVE: Como trabalhar no mercado financeiro

Dia 29/10, às 19 horas, a Profa. Herida Tavares fará live com a Profa. Lilian Gallagher e a Profa. Edna Wojchiechowski sobre as certificações do mercado financeiro, no seu canal do Youtube (Youtube.com/HeridaTavares).

Prepare suas perguntas para interagir durante à Live. Aproveite a oportunidade para tirar todas as dúvidas.

Link: https://www.youtube.com/watch?v=fKYaob0XP2A

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4a Edição livro CPA-10

É com grande satisfação que anuncio que o meu livro preparatório para o exame de Certificação ANBIMA CPA-10 já está disponível para venda nas livrarias e no site da editora.

Além do conteúdo atualizado, ele agora inclui exercícios ao final de cada capítulo.

O que os leitores disseram sobre o livro

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Avise aos seus amigos e seja um profissional preparado para atuar no mercado financeiro.

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Circuit braker: como funciona

As incertezas do mercado de ontem, que somaram a incerteza quanto à magnitude da desaceleração econômica por conta do Cornonavírus com a queda no preço do barril de petróleo em 24%, trouxeram muita volatilidade às bolsas no mundo todo. Para evitar estragos muito grande e tomadas de decisão irracionais, o mercado para de funcionar por determinado tempo. A essa interrupção dos negócios chamamos de circuit braker.

Como funciona o circuit braker?

Como mencionado, quando a bolsa fica muito volátil e o preço dos ativos cai significativamente, os negócios são paralisados por tempo determinado.  Em outras palavras, o circuit braker entra em ação quando o Índice Bovespa (IBOVESPA) cai significativamente.

Mas quanto é cair significativamente?

Existem três momentos em que esse mecanismo é acionado. Conheça quais são:

  • Regra 1 – Quando o Ibovespa varia 10% negativo em relação ao índice de fechamento do dia anterior, o mercado é interrompido por 30 minutos.
  • Regra 2 – Passados os trinta minutos, o mercado reabre.  Se o IBOVESPA cair mais 5%, ou seja, 15% em relação ao fechamento do dia anterior, mais uma vez os negócios em todos os mercados da bolsa são interrompidos por mais uma hora.
  • Regra 3 – Reabertos os negócios, se o IBOVESPA cair mais 5%, ou seja, 20% em relação ao fechamento do dia anterior, os negócios são suspensos em todos os mercados por prazo definido a seu critério.

Além disso, não haverá acionamento do circuit braker nos últimos 30 minutos de funcionamento do pregão.  Caso o pregão for interrompido na penúltima meia hora de negociação, quando ele reabrir, o horário será prorrogado em, no máximo, mais 30 minutos, sem qualquer outra interrupção, garantindo um período final de negociação de 30 minutos corridos.

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Este é um texto que você encontra no livro Exame de Certificação ANBIMA CPA-20: Teoria, 4a. edição, da Editora Atlas, cuja edição estará em breve nas livrarias.

RISCO DE LIQUIDEZ

O risco de liquidez está associado à possibilidade de perda de capital e pela incapacidade de liquidar determinado ativo em tempo razoável sem perda de valor. Este risco surge da dificuldade de encontrar potenciais compradores para o ativo em um prazo hábil sem a necessidade de conceder um grande desconto.

Como exemplo pode-se citar o imóvel.  Em tempos chamados “bicudos”, o preço do ativo cai muito e fica difícil acharmos comprador para o imóvel pelo preço que parece razoável.  Já no mercado financeiro, há ações que têm baixa liquidez.  As ações que estão no índice de ações são as mais negociadas (tem maior liquidez).  As que estão fora do índice, têm menor liquidez, ou seja, menos pessoas negociando essas empresas na bolsa.

Pergunto: será que o investidor do já apresentado, no primeiro post desta série, que aplicou tudo em CDB indexado ao CDI pensou nesses três riscos quando estava fazendo seu investimento?

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RISCO DE MERCADO

o risco de mercado está relacionado ao sobe e desce dos preços, como ações, taxa de câmbio e até títulos de renda fixa.  Você pode estar estranhando eu mencionar preço de um título de renda fixa e mais ainda em variação nesse preço.  É que o preço de um título de renda fixa varia exatamente ao contrário da taxa de juros: quando a taxa de juros sobe, o preço do título de renda fixa cai e quando a taxa de juros cai, o preço do título sobe.  Pode parecer estranho, mas não é e eu vou explicar como e porque isso acontece de forma intuitiva e matemática.

Um ativo qualquer vale o valor presente de um fluxo futuro.  Imagine que você aplicou R$ 10.000,00 hoje em um título e vai receber 10% ao ano (a.a.) de juros daqui a 1 ano, ou seja, daqui a 1 ano você receberá R$ 11.000,00.  Após quatro meses você decide resgatar do investimento e coloca seu título à venda.  Se descontarmos o seu título por 10% a.a., encontraremos R$10.488,09 de valor presente.  Entretanto, o mercado está negociando este título não mais por 10% e sim por 11%.  Pense bem, o que acontecerá com seu título?  Será que alguém comprará um título para receber 10% se o vizinho paga 11%?  Você concorda que será muito difícil vender seu título e que, para conseguir vendê-lo você terá que baixar o preço do título?  Então, baixar o preço significa vender por menos de R$ 10.488,09.  Assim, quem pagar menos do que esse valor terá uma rentabilidade maior do que 10% a.a..  O contrário é verdadeiro.  Confira a seguir.

Suponha agora que na hora de vender (resgatar) seu título, o mercado esteja negociando o mesmo título a 8%.  Você há de concordar que seu título rende mais que o mercado e que, portanto, é valioso.  Logo, “sendo valioso” você venderá mais caro e receberá pela venda do título um valor maior do que os R$ 10.488,09, que seria o valor descontado pelos 10% que foi negociado na compra.

Para aqueles que gostam de matemática, é fácil compreender a explicação acima.  Dado que:

VP = VF/(1+i)n, onde:

  • VP = valor presente
  •  VF = valor futuro
  • i = taxa de juros
  • n = número de períodos

Logo, quando a taxa de juros “i” sobe, o resultado desta conta, o VP, tem que ser menor, pois o “i” está no denominador da fração.  Da mesma forma, quando o “i” cai, o VP sobe.

O que se conclui, portanto, que o sobe e desce dos preços (volatilidade em termos técnicos) não é restrito à bolsa e à taxa de câmbio e que os títulos de renda fixa também podem oscilar, só que essa variação de preços é menor.

Se você não sabe, as certificações CPA-10 e CPA-20 foram criadas depois que os fundos de renda fixa, especialmente os fundos DI tiveram rentabilidade negativa, assustando os investidores.  Foi constatado, na ocasião, que os gerentes de relacionamento dos bancos não sabiam que isso poderia acontecer.  Os reguladores, então, decidiram obrigar um mínimo de conhecimento para quem falava sobre investimento com os clientes.  Estavam criadas as certificações e a ANBIMA foi a primeira associação de mercado a lançar as suas certificações.

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